domingo, 20 de fevereiro de 2011

A POESIA

“A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo, a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza, das potencialidades da linguagem escrita.” Plano Nacional de Leitura

O com o texto literário, através de actividades receptivas e produtoras, é oferecido à criança contributos linguísticos mais elaborados, auxiliando a aprendizagem e utilização da língua de uma forma criativa e afectiva. Pelas seus pormenores, estes textos apelam à sensibilidade da criança, valorizam o seu imaginário, colocam-na diante de olhares originais e de outras histórias. Se desde cedo a criança for despertada a percorrer universos poéticos, a saborear espaços metafóricos daí retirando satisfação, vai aprendendo que a emoção que neles colhe pode ser tão agradável como a proporcionada por outros entretenimentos.

 O trabalho desenvolvido na sala de aula com: poesia, histórias, lengalengas e adivinhas da escritora Luísa Ducla Soares, teve como produto final quadras inventadas pelos alunos.
Todos os alunos tentaram escrever um poema,  inspirados no texto em verso de Luísa Ducla Soares "Se tu visses o que eu vi" .

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Chaves...
Uma menina loira
Com um molho de chaves.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almada...
Uma borboleta a cantar
É de rir à gargalhada.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Faro...
Um gato abandonado
e um moço desgraçado.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Porto...
Um cão arrepiado
A andar todo torto.
              Joana Vargas

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Um menino a chorar
Que levava um limão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra do Porto…
Um homem no chão morto
À espera no aeroporto.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portalegre…
Um homem grande
Que comia muito alegre.
                         Gonçalo

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Covilhã…
Uma grande velha feia
A comer uma verde rã.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Sagres…
Uma cadela sem orelhas
A vender vinagres.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Tondela…
Um ladrão mascarado 
A roubar mortadela.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Um cão a entrar
Para uma livraria.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura…
O meu colega Afonso
                                    A comer uma vassoura.
                            Joana Serafim
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Bragança…
Um homem gordo
Com uma grande pança.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Baleizão …
Um ladrão mascarado
A comer um grande pão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Aveiro…
Era alto, verde
Um grande pinheiro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almeirim…
Uma grande loja
A vender pudim.
                     Henrique

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lisboa…
Uma lata feia
Numa grande lagoa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Uma lesma barriguda
E uma lebre a comer pão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura…
Um macaco a saltar
No cabo duma vassoura.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vizela…
Um cabeçudo
Fugindo atrás dela.
            Inês Aguia

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
No Oceano Atlântico
Um peixe a morder o João.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura…
Numa quinta vi um coelho
A comer uma cenoura.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Covilhã…
Um cão a lutar
Contra uma romã.

Se tu visses o que eu vi,
 Na terra de Bragança…
Uma menina loira
A fazer uma trança.
                        Catarina

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Fundão…
Um menino a fazer chichi
Na casota do cão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Guimarães…
A senhora padeira
A vender os seus pães.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almeirim…
Uma grande girafa no jardim
Comendo um belo pudim.
                                                                Filipa
                                
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Aveiro...
Vi um homem
Que era padeiro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Tondela...
Vi uma borracha
Em cima de uma janela.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Braga...
Vi muitos gafanhotos
Que faziam uma praga.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vizela…
Vi uma pequena pulga
A cavalo numa gazela.
                       Simão


Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura …
Uma velha burra
A colher uma cenoura.

Se tu visses o que eu vi,
Nas terras de Portalegre…
Um homem que eu detesto
O Manuel Alegre.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lisboa…
Um homem ladrão
A roubar uma coroa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Uma pessoa fixe
O Figueira comilão.
                                Pedro


Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vizela…
Uma grande gazela
Dentro de uma panela

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Fundão…
Um feio velho
Num pequeno caixão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Varzim…
Uma ciganita
Chamada Serafim         
               Afonso Freitas.


Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lisboa…
Uma velha gorda
Tão gorda que voa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Covilhã…
Um menino a chorar
Pela sua mamã.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura…
Uma cenoura azul
A namorar uma vassoura.

Se tu visses o que eu vi,
Nas terras de Fundão…
Um cão chinês
A cortar o pão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
O João Ratão
Que é um parvalhão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Alcobaça…
Uma cabaça
Feita de massa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra do Minho…
Um mocinho
A namorar com um gatinho.
                                                                  João Filipe
                        
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Um tigre a comer uma salada
Com acompanhamento de ração.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Um senhor com um jacaré
E um boi sem saber por onde ia.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Tondela…
Uma lagarta feia
E uma macaca donzela.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Caminha…
Um rato com frio
E uma cegonha de ventoinha.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almada…
Uma borboleta a cantar
E a multidão calada.
                      Teresa 

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Alvito…
Uma grande multidão
E um coxo ciganito.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Sagres…
Um menino bebendo
Um barril de sagres.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vila Real…
Uma gata a tocar
O seu coçal.
           João Gaspar

Se tu vises o que eu vi
Na terra de Beja…
Uma bruxa a zurrar
E um burro com inveja.
                    Francisco e Luís

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Baleizão…
Vi um homem
Sentado no fogão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portalegre…
Um homem gordo
Que estava muito alegre

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Porto…
Um homem gordo
A matar com um porco.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Santarém…
Um grande gato
Com um “mozarem”
                                     Afonso Mira
                 
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almeirim…
Um ladrão da internet
Chamado Benjamim.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Olhão…
O menino João
Com um grande melão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vizela…
Uma donzela a bater
Na cabeça com a panela.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra Lisboa…
Um homem que luta
Chamado Roqui Balboa.
                  André Pica
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Uma semente de flor
A comer uma enguia.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Palmela…
Vi uma velhota a passear
Com uma cabeça amarela.
                                 David
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Um velho chamado João
A voar num balão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Fundão…
A menina Catarina
A fugir de um cão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lisboa…
Uma velha a tomar banho
Numa enorme lagoa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portalegre…
Um velho que nunca vi
Que era o Manel Alegre.
                      Inês Serol
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almada…
Uma carocha coitadinha
A comer uma gemada.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Uma velhinha corcunda
A comer sopa de aletria.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Santarém…
Uma boneca engraçada
E um boneco também.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Moura…
Um senhor com o seu cão
A cortar o seu pêlo à tesoura.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Viana do Castelo…
Uma ratita vermelha
E um ratinho amarelo.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portimão…
Um lagarto pintado
A comer um melão.
                                                              Inês Mestre

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vila Real…
Uma formiga
Que só fazia mal.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Faro…
Um lindo vestido
Que foi mesmo caro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Aveiro…
Um ladrão marreco
A roubar dinheiro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lisboa…
Um cão engraçadinho
Atrás de uma meloa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Braga…
Um pirilampo que acende
E uma luz que apaga

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Bragança…
Uma pessoa que coxeia
E uma cadela que dança.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Viseu…
Um laço laçarote
Que antes era meu.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Tondela…
Um touro na esquina
A comer mortadela.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vila Real…
Uma formiga
Que só fazia mal.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Faro…
Um lindo vestido
Que foi mesmo caro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Aveiro…
Um ladrão marreco
A roubar dinheiro.
                        Rita

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lourosa…
Um caracol que o comi
Com uma bebida espirituosa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Santarém…
Uma grande vaca
A quem disse se estava bem.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Viana do Castelo…
Um moço formoso e belo
Que afinal era lelo.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Vi um velho
A fazer porcaria.

Se tu visses o que eu vi,
Lá nas terras de Lisboa…
Uma macaca azul
Disse que estava na boa.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Lagos…
Junto ao lago
Vi uns bonitos patos.
                            João Guerreiro

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Albufeira…
Uma velha muito gorda
Sentada numa cadeira.

Se tu visses o que eu vi ,
Na terra de Faro…
Um pão muito pequeno
Mas saiu muito caro.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Mora…
Uma senhora muito velha
Em forma de cenoura.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Almada…
Uma mulher engraçada
A ser toda lavada.
                   Nicoly
Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Portalegre…
Um velho muito velho
Que anda sempre alegre.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Porto…
Um pássaro a voar
Mas estava morto.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vila Real…
Uma velha feia
Que cheira mal.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Leiria…
Um homem narigudo
A comer uma popia

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Fundão…
Um cão arrepiado
A comer limão.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Valpaços…
Uma mulher
A comer carraços.

Se tu visses o que eu vi,
Na terra de Vizela…
Havia uma panela
Que estava na janela.
                             Guilherme

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